O ABCD Informa é um veículo de comunicação que busca reunir matérias selecionadas de interesse das Bibliotecas e da comunidade acadêmica da USP. Desejamos que o ABCD Informa faça parte de suas leituras!
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Guia Prático para Avaliação Responsável da Pesquisa – DORA
Você conhece o “Guia Prático para Implementar uma Avaliação Responsável da Pesquisa em Organizações Realizadoras de Pesquisa”?O Guia oferece orientações práticas, recursos e exemplos ilustrativos para instituições de pesquisa que buscam moldar e implementar práticas de avaliação responsável da pesquisa (ARP).
Isso inclui instituições que desejam criar uma estratégia de ARP, organizações que querem reformular práticas existentes e organizações que simplesmente desejam adotar abordagens mais holísticas e inclusivas para a avaliação da pesquisa.
Esta é uma reprodução da matéria publicada pelo Projeto Métricas [1] com base na DORA.
Allen, L., Barbour, V., Cobey, K., Faulkes, Z., Hazlett, H., Lawrence, R., Lima, G., Massah, F., & Schmidt, R. (2025). Um Guia Prático para Implementar uma Avaliação Responsável da Pesquisa em Organizações Realizadoras de Pesquisa. Declaration on Research Assessment. https://doi.org/10.5281/zenodo.1778309
Uma única abordagem para a avaliação da pesquisa certamente não serve para todos, portanto, o Guia foi concebido como uma ferramenta inspiradora. Ele é agnóstico em relação à disciplina, flexível e adaptável a diversos contextos organizacionais e disciplinares.
Prevemos que o Guia Prático será modificado e atualizado ao longo do tempo, e especialmente enriquecido com exemplos reais e por meio do feedback de instituições de pesquisa à medida que começarem a utilizá-lo.
O Guia Prático foi desenvolvido em conjunto com as partes interessadas que se reuniram em 31 de janeiro de 2025 em Maryland, EUA, cujas valiosas contribuições reconhecemos com gratidão.
Agradecemos também o valioso feedback dos membros do Comitê Diretivo do DORA, Sean Sapcariu e Bernd Pulverer. Somos gratos a Janet Catterall por sua ajuda na compilação e organização das referências e recursos de apoio mencionados no Guia.
” Este Guia tem como objetivo aproveitar esse aprendizado e fornecer orientações
práticas e dicas para organizações que realizam pesquisas e desejam tomar medidas para revisar
ou reformar a maneira como avaliam pesquisas e pesquisadores. “A tradução deste Guia para o Português contou com a ajuda do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, do Projeto Métricas e da Rede Brasileira de Reprodutibilidade. Muito obrigada a Patrícia Gama, Justin Axel-Berg, Eduarda Centeno, Olavo Amaral, Ricardo Ceneviva, Isis Trajano e Juliana Fernandes.
O Guia Prático foi criado como parte do Projeto TARA e, juntamente com o Reformscape, os Building Blocks for Impact e a Debiasing Committee Composition, forma um conjunto de ferramentas desenvolvido para auxiliar organizações que buscam reformar as práticas de avaliação de pesquisa.
O Projeto TARA é apoiado pela Arcadia, uma fundação familiar beneficente que ajuda pessoas a registrar o patrimônio cultural, conservar e restaurar a natureza e promover o acesso aberto ao conhecimento, a quem agradecemos. Desde 2002, a Arcadia concedeu mais de US$ 1,2 bilhão a organizações em todo o mundo.
A USP e a DORA
A Universidade de São Paulo USP é signatária da Declaração de São Francisco sobre Avaliação da Pesquisa (DORA).
Além da USP, diversas Revistas editadas pela USP também assinam a Declaração.
Quando a Declaração de São Francisco sobre Avaliação de Pesquisa (DORA – San Francisco Declaration on Research Assessment) foi anunciada em 2013, seu objetivo era aumentar a conscientização sobre as métricas problemáticas utilizadas para avaliar pesquisas e pesquisadores e anunciar uma nova era na avaliação de pesquisa – uma era em que os pesquisadores são avaliados com base em uma ampla gama de contribuições para o conhecimento, a pesquisa e sociedade, com foco na qualidade e no impacto.
A Declaração fornece 18 recomendações para os diferentes atores do sistema de pesquisa considerarem ao realizar processos e práticas de avaliação de pesquisa. Convidamos a ler a Declaração e verificar como a USP está aplicando na prática estes princípios.
Declaração de São Francisco sobre Avaliação de Pesquisa
(DORA – San Francisco Declaration on Research Assessment)Há uma necessidade urgente de aprimorar as formas como os resultados da pesquisa científica são avaliados por agências de fomento, instituições acadêmicas e outras partes interessadas. Para abordar essa questão, um grupo de editores e publicadores de periódicos científicos se reuniu durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular (ASCB), em São Francisco, Califórnia, em 16 de dezembro de 2012. O grupo elaborou um conjunto de recomendações, denominado Declaração de São Francisco sobre Avaliação da Pesquisa. Convidamos as partes interessadas de todas as disciplinas científicas a manifestarem seu apoio, adicionando seus nomes a esta Declaração.
Os resultados da pesquisa científica são muitos e variados, incluindo: artigos científicos que relatam novos conhecimentos, dados, reagentes e softwares; propriedade intelectual; e jovens cientistas altamente qualificados. Agências de fomento, instituições que empregam cientistas e os próprios cientistas têm o desejo e a necessidade de avaliar a qualidade e o impacto dos resultados científicos. Portanto, é imprescindível que a produção científica seja mensurada com precisão e avaliada criteriosamente.
O Fator de Impacto de Periódicos é frequentemente usado como o principal parâmetro para comparar a produção científica de indivíduos e instituições. O Fator de Impacto de Periódicos, calculado pela Thomson Reuters*, foi originalmente criado como uma ferramenta para auxiliar bibliotecários na identificação de periódicos para aquisição, e não como uma medida da qualidade científica da pesquisa em um artigo.
Considerando isso, é fundamental compreender que o Fator de Impacto de Periódicos apresenta diversas deficiências bem documentadas como ferramenta de avaliação da pesquisa. Essas limitações incluem: A) a distribuição de citações dentro dos periódicos é altamente assimétrica [1–3]; B) as propriedades do Fator de Impacto de Periódicos são específicas de cada área: trata-se de uma composição de múltiplos tipos de artigos, altamente diversos, incluindo artigos de pesquisa originais e revisões [1, 4]; C) os Fatores de Impacto de Periódicos podem ser manipulados (ou “adulterados”) por políticas editoriais [5]; e D) os dados utilizados para calcular os Fatores de Impacto de Periódicos não são transparentes nem estão disponíveis publicamente [4, 6, 7].
A seguir, apresentamos algumas recomendações para aprimorar a forma como a qualidade da produção científica é avaliada. Outros resultados além de artigos científicos ganharão importância na avaliação da eficácia da pesquisa no futuro, mas o artigo científico revisado por pares continuará sendo um resultado central que fundamenta a avaliação da pesquisa. Nossas recomendações, portanto, concentram-se principalmente em práticas relacionadas a artigos científicos publicados em periódicos revisados por pares, mas podem e devem ser ampliadas, reconhecendo outros produtos, como conjuntos de dados, como resultados importantes da pesquisa. Essas recomendações são direcionadas a agências de fomento, instituições acadêmicas, periódicos, organizações que fornecem métricas e pesquisadores individuais.
Diversos temas permeiam essas recomendações:
- a necessidade de eliminar o uso de métricas baseadas em periódicos, como o Fator de Impacto de Periódicos, em considerações de financiamento, nomeação e promoção;
- a necessidade de avaliar a pesquisa pelos seus próprios méritos, e não com base na revista em que foi publicada; e
- a necessidade de aproveitar as oportunidades oferecidas pela publicação online (como flexibilizar limites desnecessários quanto ao número de palavras, figuras e referências em artigos, e explorar novos indicadores de relevância e impacto).
Reconhecemos que muitas agências de financiamento, instituições, editoras e pesquisadores já estão incentivando práticas aprimoradas na avaliação da pesquisa. Essas medidas estão começando a impulsionar abordagens mais sofisticadas e significativas para a avaliação da pesquisa, que agora podem ser aprimoradas e adotadas por todos os principais atores envolvidos.
Os signatários da Declaração de São Francisco sobre Avaliação da Pesquisa apoiam a adoção das seguintes práticas na avaliação da pesquisa.
Recomendação geral
1. Não utilize métricas baseadas em periódicos, como o Fator de Impacto, como medida substituta da qualidade de artigos de pesquisa individuais, para avaliar as contribuições de um cientista individual ou em decisões de contratação, promoção ou financiamento.
Para agências de financiamento
2. Seja explícito quanto aos critérios utilizados na avaliação da produtividade científica dos candidatos a bolsas de pesquisa e destaque claramente, especialmente para pesquisadores em início de carreira, que o conteúdo científico de um artigo é muito mais importante do que as métricas de publicação ou a identidade do periódico em que foi publicado.
3. Para fins de avaliação da pesquisa, considere o valor e o impacto de todos os resultados da pesquisa (incluindo conjuntos de dados e software), além das publicações científicas, e considere uma ampla gama de medidas de impacto, incluindo indicadores qualitativos de impacto da pesquisa, como a influência nas políticas e práticas.
Para instituições
4. Seja explícito quanto aos critérios utilizados para as decisões de contratação, titularidade e promoção, destacando claramente, especialmente para pesquisadores em início de carreira, que o conteúdo científico de um artigo é muito mais importante do que as métricas de publicação ou a identidade do periódico em que foi publicado.
5. Para fins de avaliação da pesquisa, considere o valor e o impacto de todos
os resultados da pesquisa (incluindo conjuntos de dados e software), além das publicações científicas, e considere uma ampla gama de medidas de impacto, incluindo indicadores qualitativos de impacto da pesquisa, como a influência nas políticas e práticas.Para editoras
6. Reduzir significativamente a ênfase no fator de impacto da revista como ferramenta promocional, idealmente deixando de promover o fator de impacto ou apresentando a métrica no contexto de uma variedade de métricas baseadas na revista (por exemplo, fator de impacto de 5 anos, EigenFactor [8], SCImago [9], índice h, tempos editoriais e de publicação, etc.) que fornecem uma visão mais rica do desempenho da revista.
7. Disponibilizar uma gama de métricas ao nível do artigo para incentivar uma mudança para uma avaliação baseada no conteúdo científico do artigo, em vez de métricas de publicação da revista em que foi publicado.
8. Incentivar práticas de autoria responsável e o fornecimento de informações sobre as contribuições específicas de cada autor.
9. Independentemente de uma revista ser de acesso aberto ou baseada em assinatura, remova todas as limitações de reutilização nas listas de referências em artigos de pesquisa e disponibilize-as sob a Dedicação ao Domínio Público Creative Commons [10].
10. Remover ou reduzir as restrições ao número de referências em artigos de pesquisa e, quando apropriado, exigir a citação da literatura primária em detrimento das revisões, a fim de dar crédito ao(s) grupo(s) que primeiro relataram uma descoberta.
Para organizações que fornecem métricas
11. Seja aberto e transparente, fornecendo os dados e os métodos utilizados para calcular todas as métricas.
12. Forneça os dados sob uma licença que permita a reutilização irrestrita e, sempre que possível, forneça acesso computacional aos dados.
13. Deixe claro que a manipulação inadequada de métricas não será tolerada; seja explícito sobre o que constitui manipulação inadequada e quais medidas serão tomadas para combatê-la.
14. Leve em consideração a variação nos tipos de artigos (por exemplo, revisões versus artigos de pesquisa) e nas diferentes áreas temáticas quando as métricas são usadas, agregadas ou comparadas.
Para pesquisadores
15. Ao participar de comitês que tomam decisões sobre financiamento, contratação, estabilidade ou promoção, faça avaliações com base no conteúdo científico, e não em métricas de publicação.
16. Sempre que apropriado, cite a literatura primária na qual as observações são relatadas pela primeira vez, em vez de revisões, a fim de dar o devido crédito.
17. Utilize uma variedade de métricas e indicadores de artigos sobre declarações pessoais/de apoio, como evidência do impacto de artigos individuais publicados e outros resultados de pesquisa [11].
18. Questionar as práticas de avaliação da pesquisa que se baseiam indevidamente nos Fatores de Impacto das Revistas e promover e ensinar as melhores práticas que se concentram no valor e na influência de resultados de pesquisa específicos.
Referências
- Adler, R., Ewing, J., and Taylor, P. (2008) Citation statistics. A report from the International Mathematical Union.
- Seglen, P.O. (1997) Why the impact factor of journals should not be used for evaluating research. The BMJ 314: 498–502. DOI:10.1136/bmj.314.7079.497
- Editorial. (2005). Not so deep impact. Nature 435(7045): 1003–1004. DOI: 10.1038/4351003b
- Vanclay, J.K. (2012) Impact Factor: Outdated artefact or stepping-stone to journal certification. Scientometrics 92(2): 211–238. DOI: 10.1007/s11192-011-0561-0.
- The PLoS Medicine Editors (2006). The impact factor game. PLoS Medicine 3(6): e291. DOI: 10.1371/journal.pmed.0030291
- Rossner, M., Van Epps, H., Hill, E. (2007). Show me the data. Journal of Cell Biology 179(6): 1091–1092.
- Rossner M., Van Epps H., and Hill E. (2008). Irreproducible results: A response to Thomson Scientific. Journal of Cell Biology 180(2): 254–255. DOI: 10.1083/jcb.200711140
- http://www.eigenfactor.org/
- http://www.scimagojr.com/
- http://opencitations.wordpress.com/2013/01/03/open-letter-to-publishers
- http://altmetrics.org/tools/ (Link to archived site)
*The Journal Impact Factor is now published by Clarivate Analytics.
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[1] METRICAS. Guia Prático para Avaliação Responsável da Pesquisa – DORA – Metricas.edu. 16 dez. 2025. Disponível em: https://metricas.usp.br/guia-pratico-para-avaliacao-responsavel-da-pesquisa-dora/ Acesso em: 19 dez. 2025.
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Conheça o Banco de Dados de Políticas sobre Envelhecimento
As intervenções políticas para atender às necessidades das pessoas idosas e harmonizar o desenvolvimento social com as mudanças demográficas abrangem diversas áreas, incluindo educação, saúde, trabalho e assistência social.
Elas abordam desafios como o preconceito etário e tomam medidas para criar ambientes favoráveis ao envelhecimento ativo e saudável.
O Banco de Dados de Políticas sobre Envelhecimento apresenta medidas políticas que países da Europa, América do Norte e Ásia Central têm desenvolvido para melhorar a vida das pessoas idosas, aproveitar as oportunidades da longevidade e enfrentar os desafios do envelhecimento populacional.
O acesso é aberto e gratuito pelo link: https://ageing-policies.unece.org/
O Banco de Dados de Políticas sobre Envelhecimento permite que você explore as intervenções políticas relacionadas ao envelhecimento desenvolvidas pelos Estados-membros da UNECE na Europa, América do Norte e Ásia Central.
O banco de dados é uma ferramenta para compartilhamento de conhecimento, aprendizado entre pares e monitoramento da evolução das políticas ao longo do tempo. Ele apresenta inovações políticas na área do envelhecimento em 14 grandes temas.
Desenvolvido pela Unidade de População da UNECE e pelo Grupo de Trabalho Permanente sobre Envelhecimento da UNECE, o banco de dados oferece fácil acesso a uma vasta gama de ações políticas, com busca por país, tema ou instrumento político.
Temas: etarismo, abuso, preconceito, discriminação etária, violência contra idosos, emprego, igualdade de gênero, saúde, cuidados paliativos, relações intergeracionais, emprego para idosos, emergência médica idosos, ambiente adequado, cuidados de longa duração do idoso, políticas públicas, saúde coletiva, envelhecimento.
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Springer Nature e CAPES rompem barreiras no Brasil com acordo transformativo ilimitado
O acordo de três anos democratiza o acesso para todos os pesquisadores afiliados à CAPES, com a expectativa de disponibilizar uma média de 6.000 artigos por ano em Acesso Aberto (AA).
Nova Iorque | Brasília, 05 de dezembro de 2025
A Springer Nature e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) anunciaram na terça-feira a assinatura de um Acordo Transformativo (AT) histórico para o Brasil, um marco que fortalece o acesso aberto (AA) na América Latina e no Caribe.
O contrato será válido a partir de 1º de janeiro de 2026 e terá duração de três anos, permitindo que pesquisadores de mais de 400 instituições leiam e publiquem no portfólio de periódicos híbridos da Springer.
Principais destaques:
- Em média, 6.000 artigos por ano, provenientes de mais de 400 instituições, serão publicados e disponibilizados em Acesso Aberto;
- Reforça a liderança pioneira do Brasil na promoção do Acesso Aberto em sua comunidade científica;
- Representa um compromisso significativo tanto da CAPES quanto da Springer Nature para viabilizar uma estrutura de assistência técnica sustentável.
Esta é uma tradução livre da matéria publicada pela Springer Nature [1].
Responsável por mais de 50% da produção científica da América Latina, segundo dados governamentais , o Brasil tem investido continuamente em Acesso Aberto. Dado o papel fundamental do país na pesquisa em toda a América Latina e Caribe, este acordo terá um impacto significativo na visibilidade e no crescimento da produção científica brasileira, além de melhorar a acessibilidade. Este novo Acordo de Assistência Técnica reafirma a tradição do país e a visão da Springer Nature de tornar a descoberta científica acessível a todos.
Este acordo expandiu substancialmente o projeto piloto que a Springer Nature e a CAPES planejaram há dois anos, o qual teria proporcionado uma cobertura de apenas 30%. Através da colaboração contínua e do diálogo transparente ao longo desses dois anos, ambas as partes criaram um modelo que reflete seu objetivo comum de promover a Ciência Aberta de forma sustentável e escalável.
Carolyn Honour, Diretora Comercial da Springer Nature, afirmou: “Acordos transformadores estão entre os impulsionadores mais eficazes da transição para o Acesso Aberto, oferecendo uma abordagem estruturada e escalável que beneficia tanto pesquisadores quanto instituições. Com base em nosso relacionamento com a CAPES, este acordo é uma prova de nossa forte parceria e abordagem compartilhada para encontrar caminhos viáveis, para todos os pesquisadores e regiões, rumo à Ciência Aberta.”
Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, acrescentou: “O Brasil é responsável por mais da metade da produção científica da América Latina, e garantir o acesso rápido a esse conhecimento é uma prioridade estratégica. Este acordo garante que pesquisadores de mais de 400 instituições possam publicar e ler sem limites, fortalecendo a posição de liderança do Brasil em Ciência Aberta. É um passo decisivo para a região e para a colaboração científica global.”
Sobre a Springer Nature
A Springer Nature é uma das principais editoras de pesquisa do mundo. Publicamos o maior número de periódicos e livros e somos pioneiros em pesquisa aberta. Por meio de nossas marcas líderes, reconhecidas há mais de 180 anos, oferecemos produtos, plataformas e serviços com tecnologia de ponta que ajudam pesquisadores a descobrir novas ideias e compartilhar suas descobertas, profissionais de saúde a se manterem na vanguarda da ciência médica e educadores a promover o aprendizado. Temos orgulho de fazer parte do progresso, trabalhando em conjunto com as comunidades que servimos para compartilhar conhecimento e levar maior compreensão ao mundo. Para mais informações, acesse about.springernature.com e @SpringerNature .
Sobre CAPES
A CAPES é uma agência do Ministério da Educação do Governo do Brasil responsável por políticas voltadas à expansão e consolidação de programas de pós-graduação stricto sensu e à formação de professores para a educação básica. A agência investe em programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, tanto no país quanto no exterior, bem como em cursos presenciais e a distância para profissionais que já atuam ou pretendem atuar na educação infantil, fundamental e média. Aproximadamente 20.000 bolsas de estudo são destinadas a esse público. A CAPES também realiza avaliações de programas de pós-graduação stricto sensu e promove a cooperação internacional. Além disso, administra o Portal de Periódicos, a principal coleção virtual brasileira que oferece acesso gratuito a informações científicas nacionais e estrangeiras para um público potencial de seis milhões de usuários de 446 instituições de ensino e pesquisa. Acesse: https://www.gov.br/capes/pt-br
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== Referência ==
[1] SPRINGER NATURE. Springer Nature and CAPES Break Barriers in Brazil with Unlimited Transformative Agreement. Pressrelease, 05 Dec. 2025. Disponível em: https://group.springernature.com/gp/group/media/press-releases/ta-in-brazil-with-capes-2025/27832600 Acesso em: 16 dez. 2025.
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CAPES firma acordos com ACM, Elsevier e Springer Nature: ler e publicar sem custos
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) anunciou, no dia 2 de dezembro, a assinatura de convênios inéditos que marcam um novo capítulo na ciência brasileira.A partir desses acordos, pesquisadoras e pesquisadores do país poderão ler e publicar, sem custos, em periódicos de três das maiores editoras científicas do mundo: Association for Computing Machinery (ACM), Elsevier e Springer Nature.
A formalização ocorreu durante a cerimônia em celebração dos 25 anos do Portal de Periódicos da CAPES e contou com a presença de representantes das três editoras.
Os acordos com a Elsevier e Springer Nature entram em vigor em 1º de janeiro de 2026 e vão beneficiar profissionais de mais de 400 instituições brasileiras, garantindo acesso ao portfólio completo de periódicos híbridos e ampliando as possibilidades de publicação em revistas de alto impacto.
Além de fortalecer a política nacional de acesso aberto, a iniciativa posiciona o Brasil na vanguarda desse movimento global.
Somente no grupo Nature, a expectativa é que cerca de 6 mil artigos por ano sejam publicados e disponibilizados gratuitamente, ampliando a visibilidade internacional da produção científica brasileira.
Mais informações:
Artigo CAPES: https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/portal-de-periodicos-completa-25-anos-com-novos-acordos-e-livro
Transmissão Cerimônia 25 anos Periódicos CAPES: https://www.youtube.com/watch?v=P8YHh2JFQY8
Leia também: PressReader.com | Brasileiros poderão publicar sem pagar em revistas da ACM, Elsevier e Springer Nature
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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E-book “Ciencia abierta en América Latina 2025” acaba de ser lançado
Convidamos você a conhecer as diversas iniciativas que estão sendo desenvolvidas na América Latina em torno da ciência aberta e como ela permeou os diversos ecossistemas da região.Esta obra, que acaba de ser lançada, explora o cenário e as iniciativas em torno da ciência aberta na América Latina em cada país, incluindo um capítulo sobre o Brasil.
Esta é uma tradução livre do espanhol para o português de alguns trechos do texto de Apresentação da obra [1].
A ciência aberta na América Latina não surge como um enxerto tardio em uma árvore estrangeira, mas como fruto de uma tradição pública e cooperativa que vem se consolidando há décadas.
Na região latino-americana, a questão de quem paga, quem usa e quem se beneficia do conhecimento sempre esteve no cerne das universidades, bibliotecas, redes acadêmicas e comunidades editoriais.
Portanto, quando o mundo começou a falar em abertura, práticas, ferramentas e intuições já existiam aqui, guiando um modelo singular: publicações apoiadas por fundos públicos, repositórios que federam evidências e resultados, infraestruturas que priorizam a interoperabilidade e a preservação, e uma ética do cuidado que protege línguas, contextos e saberes.
Este volume reúne essa história viva.
Os capítulos mostram sistemas com mandatos explícitos e outros ainda em construção; agências reformadas e redes universitárias que preenchem lacunas no Estado; infraestruturas consolidadas e outras em transição; momentos de expansão e crise que testam a continuidade dos programas.
Em conjunto, o trabalho revela que o “ecossistema latino-americano” não é uma metáfora: trata-se de uma teia de decisões técnicas e políticas que permitem que periódicos, repositórios, dados e serviços dialoguem. Onde a cooperação floresce, o acesso deixa de ser um ideal e se torna uma prática institucional.
Leia mais no link: https://www.acessoaberto.usp.br/ciencia-abierta-en-america-latina-2025-2/
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Biblioteca Humana no 23º SNBU: Diálogos que Inspiram, Experiências que Transformam
A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD-USP), anfitriã do 23º Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU 2025), realizado entre os dias 17 e 20 de novembro de 2025 no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, promoveu com grande sucesso a atividade “Biblioteca Humana“ em seu estande.Com o tema “Diálogos que Inspiram, Experiências que Transformam”, a Biblioteca Humana funcionou como um espaço de encontro e diálogo, onde os participantes do seminário foram convidados a “ler” histórias humanas e compartilhar experiências com os palestrantes e profissionais (“Livros Vivos”).
Esta iniciativa permitiu refletir e trocar saberes sobre o papel das bibliotecas, da ciência e da informação, alinhando-se ao tema central do SNBU, “Ciência Aberta: realidade (im)possível?”.
A atividade foi realizada durante os três primeiros dias do evento (17, 18 e 19 de novembro), trazendo uma diversidade de temas essenciais à área.
A programação foi cuidadosamente planejada para cobrir áreas cruciais, muitas das quais se conectam aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos desafios atuais da Biblioteconomia:
Dia 17 de Novembro (Foco em Acesso Aberto e Biblioeducação)
- Aparecida Angélica Z. P. Sabadini (IPUSP) iniciou o dia com o tema “Como publicar em acesso aberto”, com um diálogo das 9h30 às 10h00.
- Ainda no período da manhã, o Prof. Edmir Perrotti (ECA-USP) atuou como “Livro Vivo” das 11h30 às 12h00, abordando o tema “Biblioeducação”.
- Encerrando a programação do primeiro dia, Lilian Viana (FSP-USP) também discutiu “Biblioeducação” na sessão das 16h às 16h30.
Dia 18 de Novembro (Foco em Acesso Aberto, ODS e Inteligência Artificial)
- O segundo dia destacou a interseção da Ciência Aberta com a sustentabilidade, trazendo Márcia Saad (ESALQ-USP) para conversar das 11h00 às 11h30 sobre “Publicação em acesso aberto e ODS”.
- No período da tarde (16h às 16h30), Maria Imaculada da Conceição (FFLCH-USP) compartilhou sua experiência sobre “Inteligência Artificial”.
Dia 19 de Novembro (Foco em Bibliotecas Comunitárias e Acessibilidade)
- A programação do terceiro dia enfatizou a relevância social das bibliotecas. Roselayne Laura dos Santos (EEL-USP) foi a “Livro Vivo” das 11h00 às 11h30, com o tema “Bibliotecas comunitárias”.
- A tarde trouxe a discussão crucial da inclusão, com Robson de Paula Araújo (PUSP-RP) falando sobre “Acessibilidade” das 16h às 16h30.
A Biblioteca Humana, sediada no estande da ABCD-USP, reforçou o papel do profissional da informação como protagonista e agente de transformação, proporcionando aos participantes do SNBU uma oportunidade valiosa de expandir seu networking e se inspirar com diferentes perspectivas. A atividade cumpriu a missão de aproximar a comunidade de pesquisadores e profissionais das pautas essenciais discutidas no seminário.
== GALERIA DE IMAGENS ==
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Bots de IA ameaçam Repositórios Abertos: COAR cria força-tarefa
Diariamente, diversos bots acessam o repositório 24 horas por dia, 7 dias por semana.Estimamos que a degradação de desempenho devido à atividade dos bots ocorra cerca de uma ou duas vezes por dia, e pelo menos uma vez por semana o sistema trava completamente, exigindo intervenção – geralmente uma reinicialização do serviço. (respondente da pesquisa realizada pela COAR).
Há um número crescente de bots de IA rastreando repositórios.
Esses bots automatizados, ou rastreadores, navegam pela internet, coletando dados e indexando informações para mecanismos de busca, IA, grandes modelos de linguagem e outros fins.
Embora alguns bots sejam bastante inofensivos, outros são suficientemente agressivos a ponto de causarem cada vez mais interrupções de serviço em repositórios (e outras infraestruturas de comunicação acadêmica) [1].
Varredura e raspagem não são novidades: as empresas de mecanismos de busca sempre rastrearam sites e extraíram conteúdo para preencher os resultados de busca. Esse processo sempre beneficiou os proprietários de sites, pois os resultados das buscas redirecionavam o tráfego de volta para seus sites [2]
Mas, ao utilizar conteúdo extraído para treinar modelos de IA, as empresas de IA e de mecanismos de busca estão alterando a forma como os usuários interagem com o conteúdo na web. Esses modelos de IA começaram a gerar conteúdo derivado que agora aparece como uma visão geral acima dos resultados dos mecanismos de busca e como respostas a consultas nas ferramentas de IA generativa.
Os usuários confiam cada vez mais nesse conteúdo derivado, e muitas vezes não visitam o site original. Isso se tornou problemático para marcas e criadores de conteúdo, especialmente para editores de mídia, porque menos tráfego em seus sites pode afetar a capacidade de estimular assinaturas e a receita de publicidade. Ao mesmo tempo, esse aumento da confiança no conteúdo derivativo levanta questões sobre a proveniência dos dados, a propriedade intelectual e o uso indevido de conteúdo: em resumo, os criadores de conteúdo não têm mais controle sobre seu conteúdo [2].
Para saber mais sobre o estado atual e obter uma melhor compreensão do impacto de bots e rastreadores em repositórios, a COAR distribuiu uma pesquisa aos seus membros em abril de 2025. A pesquisa recebeu 66 respostas de repositórios de todo o mundo (22 do Canadá e EUA, 22 da Europa, 9 da América Latina, 6 da Ásia, 4 da Australásia, 2 da África e 1 de origem desconhecida). [1]
Mais de 90% dos participantes da pesquisa indicaram que seus repositórios estão sendo afetados por bots agressivos, geralmente mais de uma vez por semana, o que frequentemente leva a lentidão e interrupções de serviço [1].
Os bots de IA também apresentam riscos significativos de segurança e conformidade para todas as organizações, em todos os setores.
Embora não haja como ter 100% de certeza sobre o propósito desses bots, a suposição na comunidade é que sejam bots de IA coletando dados para treinamento de IA generativa.
Esse tipo de tráfego apresentou um aumento significativo nos últimos dois anos e está tendo um impacto considerável nos repositórios, tanto em termos da qualidade do serviço prestado quanto do tempo e recursos necessários para lidar com os bots.
Esses bots podem roubar propriedade intelectual, comprometer aplicativos web e identificar vulnerabilidades que resultem em incidentes de segurança ou violações de dados [2].
Para mitigar esse impacto, diversas medidas estão sendo utilizadas para minimizar ou impedir o acesso de bots de IA aos repositórios. Algumas dessas medidas são consideradas relativamente eficazes na proteção dos repositórios contra interrupções de serviço, mas também é evidente que elas dificultam o acesso aos repositórios por outros agentes mais bem-vindos, como usuários humanos individuais e sistemas benignos [1].
Para impedir bots de IA maliciosos e controlar a varredura e a raspagem de conteúdo, as organizações precisam de uma estratégia de segurança em várias camadas. Essa estratégia combina controles estáticos com recursos mais preditivos, dinâmicos e governança granular [2].
A missão fundamental dos repositórios é fornecer acesso às suas coleções para que sejam reutilizadas e adaptadas em benefício da pesquisa e da sociedade. No entanto, o recente aumento na atividade de bots de IA agressivos pode levar os repositórios a limitar o acesso aos seus recursos, tanto para usuários humanos quanto para usuários de máquinas, resultando em uma situação na qual o valor da rede global de repositórios seja substancialmente reduzido [1].
Para ajudar a comunidade de repositórios a navegar nesse cenário em rápida evolução e desenvolver soluções que permitam que os repositórios permaneçam o mais abertos possível, a Confederation of Open Access Repositories COAR COAR lançou uma “Força-Tarefa de Repositórios e Bots de IA” em julho de 2025.
A Força-Tarefa reúne representantes técnicos de repositórios e outros especialistas para discutir possíveis soluções para esse problema e desenvolver recomendações para a comunidade de repositórios.
Objetivos da Força-Tarefa
- Articular o problema e fornecer evidências sempre que possível.
- Compreender e documentar as estratégias de mitigação disponíveis.
- Reiterar a importância de permitir o acesso legítimo de máquinas aos repositórios.
- Fazer recomendações para mitigar os problemas enfrentados pelos repositórios que não criam problemas para o acesso remoto legítimo ao sistema.
O objetivo final é disponibilizar um relatório para a comunidade em algum momento do outono de 2025 [1].
==Referências ==
[1] COAR. Open repositories are being profoundly impacted by AI bots and other crawlers: Report from a COAR Survey. COAR News, April 2025. Disponível em: https://coar-repositories.org/news-updates/open-repositories-are-being-profoundly-impacted-by-ai-bots-and-other-crawlers-results-of-a-coar-survey/ Acesso em: 03 dez. 2025
[2] BOURZIKAS, Grant. Prevent AI crawlers and other bots from scraping your site. Disponível em: https://www.cloudflare.com/pt-br/the-net/building-cyber-resilience/regain-control-ai-crawlers/ Acesso em: 03 dez. 2025
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Sobre a COAR
A Confederation of Open Access Repositories COAR é uma associação internacional que reúne repositórios individuais e redes de repositórios com o objetivo de desenvolver capacidades, alinhar políticas e práticas e atuar como uma voz global para a comunidade de repositórios.
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Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais ABCD da USP marca presença em estande no SNBU 2025
Após 17 anos, o SNBU voltou a São Paulo e foi uma oportunidade ímpar para promover a educação continuada das equipes que atuam em bibliotecas acadêmicas e especializadas, bem como para mostrar à sociedade a importância das bibliotecas como promotoras da Agência 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
As bibliotecas ao redor do mundo vêm desenvolvendo novas competências e habilidades para engajar a comunidade científica, acadêmica e a sociedade em geral, demonstrando que a Ciência Aberta é uma realidade possível!
Na 23ª edição do Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU 2025), a Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) da Universidade de São Paulo em parceria com a Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB) marcou presença em Estande especialmente estruturado para apresentar seus produtos, serviços e bibliotecas, bem como compartilhar experiências e encontrar pessoas.
== GALERIA DE IMAGENS ==
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Trabalhos de Autores da USP no XXIII SNBU 2025
A 23ª edição do Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU 2025) foi realizada em São Paulo, entre os dias 17 e 20 de novembro de 2025.O evento foi uma iniciativa da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB) realizado em parceria com a Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) da Universidade de São Paulo, tendo como tema Ciência Aberta: realidade (im)possível?
O objetivo do Seminário foi promover a educação continuada das equipes que atuam em bibliotecas acadêmicas e especializadas, além de pessoas interessadas nas temáticas abordadas.
Aqui destacamos os Trabalhos dos Autores da USP no SNBU 2025:
Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais ABCD
Sarah Lorenzon Ferreira, Adriana Cybele Ferrari – Eixo 5 – Ciência Aberta
Bibliotecas da USP: quatro décadas de curadoria e preservação da produção intelectual https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3953
Sadrac Leite Silva, Waleska Miguel Batista – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
Contratos de licenciamento com editores internacionais conflitos com a legislação brasileira e a Lei de Licitações https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3934
Escola de Comunicações e Artes ECA
Marina Marchini Macambyra – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
A catalogação de gravações musicais na Biblioteca da ECA: relato de experiência https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3613
Escola de Educação Física e Esportes EEFE
Solange Alves Santana, Regiane Pereira dos Santos, Ana Lúcia Viveiros de Santana, Ana Carolina dos Anjos Fernandes, Thais Lima Netto – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Preservação e acesso: digitalização retrospectiva das teses e dissertações da Biblioteca da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/4017
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ
Thais Cristiane Campos de Moraes, Saad Marcia Regina Migliorato, Silvio – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Biblioteca além dos livros: estratégias de comunicação integrada https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/4046
Thais Cristiane Campos de Moraes – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
Entre demandas e desafios: a multitarefa como realidade na gestão de bibliotecas universitárias https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3714
Faculdade de Educação FE
Daniela Pires, Maria José Paiva Fagundes, Lorena Gnaccarini Falavigna – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
Memória da educação brasileira a partir dos livros escolares descrição bibliográfica e critérios de raridade na Biblioteca da Faculdade de Educação da USP https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3874
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas FFLCH
Maria Imaculada Da Conceição, Gilberto Vargas, Carlos Alberto Dias de Carvalho – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Ecossistema de bots com inteligência artificial para a automação de processos em bibliotecas universitárias – https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3945
Maria Imaculada da Conceição, Adriana Cybele Ferrari – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Exposições culturais em bibliotecas universitárias: práticas de mediação do conhecimento, curadoria colaborativa e inovação tecnológica https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3948
Faculdade de Medicina FM
Erinalva da Conceição Batista, Cinthia Vieira, Daniela Amaral Barbosa e Gildete de Oliveira Batista – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
O bibliotecário como mediador da informação: atividades práticas desenvolvidas na Biblioteca da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3694
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FMVZ
Eliana Mara Martins Ramalho, Eudes Santos Silva, Maria Daniele da Costa, Patricia Tomisawa, Ricardo Augusto Martins – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
A gamificação nas atividades da biblioteca: o uso do jogo de Escape na apresentação aos calouros https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3933
Faculdade de Saúde Publicada FSP
Lilian Viana, Marianne Farah Arnone – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Biblioteca universitária e departamento de ensino: uma parceria para comunicar a memória do campo das Artes na Wikipédia https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3621
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação ICMC
Irene Lucinda, Juliana de Souza Moraes, Regina Célia Vidal Medeiros – Eixo 5 – Ciência Aberta
A produção científica em acesso aberto do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP): diagnóstico preliminar https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3954
Regina Célia Vidal Medeiros, Juliana de Souza Moraes, Irene Lucinda – Eixo 1 – Biblioteca e Sociedade
Além dos livros: a Biblioteca Achille Bassi como um espaço de convivência e seu alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3941
Instituto de Matemática e Estatística IME
Stela Madruga – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Letramento informacional e digital na comunidade IME-USP: a Wikipédia como recurso educacional aberto https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3846
Instituto de Relações Internacionais IRI
Giseli Adornato de Aguiar, Maria Marta Nascimento, Aldo Aube de Oliveira – Eixo 1 – Biblioteca e Sociedade
Livros que aproximam mundos: a experiência do Clube do Livro Internacionalista na Biblioteca Universitária do IRI-USP https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3793
Prefeitura do Campus de São Carlos PUSP-SC
Ana Paula Aparecida Calabrez Araujo, Brianda de Oliveira Ordonho Sígolo – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
Levantamento de um referencial teórico na área de Gestão de Projetos aplicado à Biblioteca Universitária https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3746
Ana Paula Aparecida Calabrez, Emanuela Pap da Silva, Daniela Cristina Mucinhato Ambrósio – Eixo 3 – Gestão de Bibliotecas
Saúde mental e assistência estudantil: a experiência da Biblioteca da PUSP-SC com espaços multifuncionais – https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3744
Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto PUSP-RP
Robson de Paula Araujo, Rogério Ferreira Marques, Lilian Aguilar Teixeira, Amanda Tavares Silva Lima Nascimento – Eixo 2 – Inclusão e Pertencimento
Acessibilidade digital em repositórios institucionais perspectivas regionais e análise à luz da ferramenta AccessMonitor https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3864
Daniel Cerqueira Silva, Robson de Paula Araujo, Rogério Ferreira Marques, Ednilson Medeiros de Brito Filho, Uillis de Assis Santos – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Elaboração de e-book com inteligência artificial sobre processos seletivos para mestrado e doutorado https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3666
Robson de Paula Araujo, Fonte-Boa Lázaro Torres; Marcia dos Santos – Eixo 4 – Produtos, Serviços, Tecnologia e Inovação
Aprimoramento estrutural e tecnológico do site da Biblioteca Central do Campus USP de Ribeirão Preto https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3901
Rachel Lione – Eixo 1 – Biblioteca e Sociedade
Entre livros, leitores e encontros uma proposta de clube de leitura na biblioteca universitária https://portal.febab.org.br/snbu2025/article/view/3720
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Todos os trabalhos do SNBU 2025 estão disponíveis no link: https://portal.febab.org.br/snbu2025
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Bibliotecários como guias na era da Inteligência Artificial IA
Bibliotecários compartilham suas ideias sobre uma nova era de pesquisa e descoberta impulsionada por IA no Library Futures Forum durante a Association of College and Research Libraries (ACRL) Conference em abril de 2025.O Fórum foi um evento exclusivo concebido para fomentar a colaboração, partilhar ideias estratégicas e debater as últimas tendências que impactam a investigação académica e o panorama das bibliotecas. O principal objetivo deste fórum promovido pela Elsevier foi reunir líderes de opinião e especialistas para explorar e abordar questões-chave que moldam o futuro das bibliotecas e da pesquisa acadêmica.
Esta é uma tradução do artigo publicado originalmente na Library Connect de outubro de 2025 pela Elsevier [1].
À medida que a pesquisa e o ensino superior adotam cada vez mais tecnologias baseadas em IA, o papel dos bibliotecários está evoluindo – tanto na orientação dos usuários no cenário em constante mudança da IA quanto na incorporação de novas ferramentas em seus próprios fluxos de trabalho.
Para garantir um futuro sustentável da IA, as bibliotecas precisam de uma visão clara para uma integração eficaz. Este tema foi o foco da discussão entre bibliotecários no Fórum sobre o Futuro das Bibliotecas, durante a conferência da Associação de Bibliotecas Universitárias e de Pesquisa (ACRL), em abril de 2025. Os participantes exploraram os impactos futuros da IA no ensino e na aprendizagem, bem como o papel em constante evolução dos bibliotecários.
Reescrevendo as regras do ensino e da aprendizagem
Um relatório recente mostra que 28% dos estudantes entrevistados já utilizam IA diariamente ou a cada dois dias, e outros 28% a utilizam semanalmente (Librarian Futures Part 4, 2025). Essa tendência só tende a continuar, à medida que o acesso e o uso de ferramentas de IA no meio acadêmico aumentam. No Fórum Library Futures, os participantes da área bibliotecária demonstraram grande interesse em explorar as diferentes maneiras pelas quais a IA está transformando o ensino e a aprendizagem para docentes e alunos em suas instituições.
Um ponto de virada para o pensamento crítico
Bibliotecários presentes no Fórum Futuros das Bibliotecas debateram a gama de impactos que a adoção generalizada de ferramentas de IA entre os estudantes poderia ter, incluindo discussões sobre como o uso regular de IA poderia afetar as capacidades de pensamento crítico dos alunos.
Alguns temiam que os alunos pudessem estar, na prática, terceirizando seu pensamento crítico para a IA. Por outro lado, o uso crescente de ferramentas de IA para o aprendizado destaca a importância cada vez maior de ensinar os alunos a avaliar criticamente os resultados gerados pela IA.
Os participantes do fórum observaram que o uso eficaz da IA requer um tipo específico de pensamento crítico: saber como solicitar, interpretar e avaliar os resultados. A maneira como um usuário instrui a IA a produzir o resultado desejado exige um certo nível de conhecimento em IA e avaliação de informações – de certa forma, é como saber encontrar os recursos certos em um banco de dados.
Uma das principais conclusões do Fórum foi que o próprio pensamento crítico se adaptará para atender às necessidades de um cenário de pesquisa impulsionado pela Inteligência Artificial Geral (IAG). A adoção da IA no ensino, na aprendizagem e na pesquisa está levando os bibliotecários a reconsiderarem o papel do pensamento crítico no processo de aquisição, avaliação e criação de conhecimento.
Avaliando a avaliação
Conforme a conversa no Fórum sobre o Futuro das Bibliotecas prosseguia, os bibliotecários concordaram que a ascensão da IA no ensino superior exige uma reavaliação dos modelos de avaliação, para garantir que permaneçam eficazes e relevantes.
Com o aumento do uso de IA pelos alunos, as avaliações podem evoluir para incorporar seu uso ou se tornarem mais personalizadas para cada aluno individualmente. Em contrapartida, as avaliações também podem se concentrar mais em testar o pensamento crítico, a criatividade e as habilidades de resolução de problemas dos alunos, migrando para formatos offline, como provas orais, trabalhos em grupo, apresentações e outros que limitem a participação da IA.
A evolução dos métodos de avaliação em resposta a um cenário tecnológico em constante mudança não é novidade: como observou uma bibliotecária no Fórum, a chegada da calculadora mudou a forma como a competência matemática era avaliada.
Ferramentas para a transformação
Ao serem questionados sobre as funcionalidades necessárias em ferramentas de IA, os bibliotecários indicaram a transparência, a governança das ferramentas e a supervisão humana como os aspectos mais importantes (Atitudes dos bibliotecários em relação à IA em 2024). Em debates no Fórum, os bibliotecários compartilharam opiniões semelhantes sobre os requisitos que a IA precisa atender para apoiar a pesquisa, a descoberta e o ensino superior da forma mais eficaz.
Em primeiro lugar, os bibliotecários afirmaram que as ferramentas de IA para pesquisadores precisam ser construídas sobre uma base sólida de conteúdo confiável e de alta qualidade proveniente de todas as áreas das ciências e humanidades. Sem essa base sólida de dados de qualidade, os bibliotecários e seus usuários não podem verificar os resultados das ferramentas de IA.
Além disso, as ferramentas de IA precisam ser intuitivas, interoperáveis e bem integradas às plataformas, sistemas e fluxos de trabalho existentes, para que os usuários possam alternar facilmente entre ferramentas e tarefas.
Os bibliotecários presentes no Fórum também enfatizaram a importância da supervisão humana e de um alto nível de transparência no desenvolvimento e uso de ferramentas de IA, para garantir a adesão às práticas éticas adequadas.
A ferramenta certa para o trabalho
Existe uma ampla variedade de ferramentas de IA que os acadêmicos podem utilizar para diversas tarefas em sala de aula e em laboratório.
Um participante observou que, na pesquisa, as ferramentas de IA poderiam melhorar a descoberta de conteúdo relevante. Atualmente, os pesquisadores têm dificuldades para navegar em bancos de dados complexos que exigem conhecimento especializado ou estruturas de consulta e lógica de busca específicas. Com as ferramentas de IA adequadas, a descoberta de conteúdo pode se tornar mais rápida e fácil, permitindo que os pesquisadores dediquem mais tempo à análise de resultados e ao planejamento de experimentos.
De maneira semelhante, diferentes ferramentas de IA poderiam ser usadas para aprimorar o processo de realização de uma revisão de escopo, visualizar resultados e dados de laboratório ou ampliar o conhecimento especializado de um pesquisador sobre um tópico específico.
Os bibliotecários presentes no Fórum concordaram que era imprescindível que quaisquer alterações no fluxo de trabalho de pesquisa fossem desenvolvidas com um alto nível de envolvimento humano. Como refletiu um participante, as ferramentas de IA podem ajudar a aprimorar uma revisão de escopo, mas não podem substituir o processo de tomada de decisão humana.
Com tantas aplicações potenciais para tecnologias de IA especializadas, a própria seleção de ferramentas se tornará uma habilidade crucial, e é uma área em que os bibliotecários podem desempenhar um papel fundamental no apoio a alunos e professores.
Em uma pesquisa recente, 58% dos estudantes relataram que se sentiriam confiantes de que uma ferramenta aprovada pela biblioteca estaria alinhada à política de IA de sua instituição, tornando-os, portanto, mais propensos a usá-la (Librarian Futures Part 4 2025). No entanto, de acordo com a pesquisa de Lo de 2024, 70% dos bibliotecários acreditam não estar preparados para adotar ferramentas de IA de última geração nos próximos 12 meses. Essa lacuna indica a necessidade de maior desenvolvimento profissional para bibliotecários em relação à avaliação de ferramentas de IA – um tema que os participantes do Fórum Library Futures consideraram de grande importância.
Biblioteconomia preparada para o futuro
A conversa no Fórum sobre o Futuro das Bibliotecas então se voltou para o papel em transformação do bibliotecário nesta nova era. Os participantes concordaram que, à medida que a IA se desenvolve e se infiltra mais profundamente no ecossistema de pesquisa, as funções dos bibliotecários evoluirão em paralelo.
Alguns elementos da função tradicional do bibliotecário serão cada vez mais apoiados pela IA – por exemplo, a gestão de metadados e o desenvolvimento de acervos. Nos serviços de referência, é provável que os bibliotecários interajam com seus usuários de novas maneiras, como ministrando workshops ou fornecendo recursos focados em técnicas eficazes de busca ativa ou recuperação de informações.
Também poderemos observar o surgimento de novas funções especializadas para bibliotecários em torno da avaliação e integração de ferramentas de IA, ou uma maior ênfase em funções focadas no engajamento com os usuários fora da biblioteca. Como sugeriu um bibliotecário, talvez essa mudança de papéis permita uma interação mais humana, o que poderia tornar o impacto do bibliotecário em sua instituição mais visível.
Os bibliotecários presentes no Fórum concordaram que, embora bibliotecários em início de carreira possam receber treinamento em IA como parte de sua formação acadêmica, bibliotecários já consolidados em suas funções provavelmente precisarão buscar proativamente oportunidades de treinamento e desenvolvimento profissional se quiserem acompanhar o cenário em constante mudança.
Proativo, preparado, capacitado
Há anos, bibliotecários vêm se empenhando no desenvolvimento de programas de alfabetização em IA, na construção de estruturas de avaliação, na consideração de implicações éticas, no teste de ferramentas de IA e assim por diante. No entanto, é preciso fazer mais — e em ritmo mais acelerado — à medida que a própria tecnologia continua a evoluir e a comunidade de pesquisa se adapta a ela. Como disse um bibliotecário presente no Fórum: “Precisamos ser proativos em vez de reativos”.
Em última análise, por meio de conversas e explorações no Fórum, os participantes identificaram diversas maneiras de serem proativos e se prepararem (e prepararem seus financiadores) para um futuro da pesquisa impulsionado pela IA:
Desenvolvimento profissional: Os bibliotecários não podem orientar suas instituições sem o devido treinamento. Com o apoio adequado e oportunidades de desenvolvimento profissional, estarão bem preparados para guiar seus usuários nesta nova era de pesquisa e ensino superior.
Ferramentas de IA projetadas para pesquisa: A comunidade científica precisa de IA personalizada para atender às suas necessidades – baseada em conteúdo confiável, com resultados verificáveis, transparência integrada e uma base de princípios de IA responsáveis e éticos.
Diretrizes, governança e orientação: os bibliotecários podem desempenhar um papel ativo no desenvolvimento de políticas de IA para suas instituições, aproveitando suas habilidades em alfabetização informacional, ética e privacidade, por exemplo.
Com esses elementos implementados, os bibliotecários podem ser proativos no estabelecimento de altos níveis de alfabetização em IA em suas instituições.
Ao desenvolver a alfabetização em IA em todo o ecossistema de pesquisa, os bibliotecários podem ajudar a salvaguardar sua integridade e sustentabilidade.
Referências
Technology from Sage. (2025). (rep.). Librarian Futures Part 4. Retrieved June 2025, from https://www.technologyfromsage.com/whitepapers/
Elsevier. (2024). (rep.). Librarian attitudes towards AI. Retrieved June 2025, from https://www.elsevier.com/insights/attitudes-toward-ai/librarians.
Lo, L. (2024). Evaluating AI literacy in Academic Libraries: A survey study with a focus on U.S. employees. College & Research Libraries, 85(5). https://doi.org/10.5860/crl.85.5.635
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[1] Fonte: ELSEVIER. Librarians as guides in the age of AI. Library Connect, Oct. 2025. Disponível em: https://www.elsevier.com/connect/librarians-as-guides-in-the-age-of-ai Acesso em: 13 out. 2025.
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Plataforma Dimensions Analytics na USP: pesquisas, impacto e análises cientométricas ao seu alcance
Com a multiplicação de documentos disponíveis e a grande complexidade dos recursos digitais essenciais ao avanço estratégico da pesquisa científica, opções cada vez mais inteligentes e abrangentes são necessárias para que as universidades e seus pesquisadores se destaquem.
Assim, para uma Universidade do porte e da importância da Universidade de São Paulo, detentora do maior número de publicações científicas na América Latina e reconhecida importância nos mais relevantes rankings internacionais, a Plataforma Dimensions Analytics é um recurso de grande valor, tanto para as pesquisas quanto para realizar análises bibliométricas e cientométricas.
Mas antes, vamos saber um pouco mais sobre a Plataforma Dimensions
Mantida pela Digital Science, a Plataforma Dimensions Analytics é um sistema analítico e um metabuscador que disponibiliza informações sobre publicações científicas multidisciplinares tais como artigos de revistas, livros e capítulos de livros, assim como patentes, conjuntos de dados científicos, ensaios clínicos, documentos de políticas públicas vinculados a publicações e citações, além de diversos recursos de busca e análise pelas mais variadas áreas de conhecimento.
Com informações baseadas nos registros do Digital Object Identifier (DOI), a Plataforma oferece acesso a um imenso conjunto de publicações científicas e acadêmicas identificadas pela Crossref, sem restrição ou seleção de conteúdo, ao contrário do que acontece em Bases de Dados eletivas como a Web of Science e a Scopus.
== A Plataforma Dimensions Analytics oferece ==
- Possibilidade de pesquisar informações a partir de conteúdos e documentos que abrangem publicações, subsídios, patentes, ensaios clínicos, conjuntos de dados e citações em documentos de políticas públicas.
- Capacidade de pesquisar o texto completo da maioria das publicações – não apenas obter resumos e índices
- Um amplo conjunto de filtros, incluindo sistemas de categorias especializadas, acesso aberto, países, instituições, editoras e financiadores.
- Opções mais avançadas para construir pesquisas estruturadas e definir os grupos de entidades dos próprios usuários
- Capacidades aprimoradas de análise e exploração de dados visuais
- Limites de exportação aumentados por download por meio de API
- Possibilidade de criar alertas por e-mail
== Como acessar a Plataforma Dimensions na USP ==
Para acessar e utilizar a Plataforma Dimensions na USP é necessário utilizar uma conexão de IP de computador autorizado da Universidade de São Paulo e registrar-se, ou utilizar acesso remoto via VPN.
O acesso à Plataforma Dimensions Analytics está disponível a toda à comunidade da Universidade de São Paulo.
Registre-se para utilizar. Dessa forma, terá acesso a todas as funcionalidades do Dimensions Analytics (https://app.dimensions.ai/
discover/publication). == Conteúdos e possibilidades de pesquisa utilizando Dimensions ==
Para garantir que os dados no Dimensions atendam às necessidades de uma instituição, a Digital Science fornece aplicativos que oferecem um único ponto de pesquisa em todos os tipos de conteúdo.
A vinculação de dados permite que o usuário visualize os itens retornados em contexto, obtenha novos insights de análises complexas e rastreie as relações entre os resultados; por exemplo, é possível analisar os financiadores ou subsídios por trás de uma publicação ou identificar quando uma pesquisa publicada foi citada em uma patente ou ainda se houve a uma menção dessa publicação em um documento de políticas públicas.
Qualquer artigo ou item publicado que tenha registro DOI aparece na Plataforma Dimensions Analytics, podendo ser rastreado e analisado, bem como seus autores e instituições de vínculo, além das fontes de informação.
Os indicadores incluem desde a contabilização da produção de pesquisa até o registro de indicadores de impacto baseados em citações, bem como indicações de atenção nas redes sociais por meio da ferramenta Altmetric. Há também indicadores que medem a atividade de colaboração e a distribuição de publicações disponíveis em acesso aberto.
As atualizações das informações contidas na Plataforma Dimensions Analytics são diárias para Publicações, Dados de Pesquisa, Estudos Clínicos e Documentos de Políticas; semanais para Patentes e mensais para informações sobre Subsídios e Financiamento de Pesquisa.
== Aproveite para saber mais ==
Quick Start Video: https://www.youtube.
com/watch?v=xMyXrdUz1R4 Materiais descritivos e tutoriais: https://www.abcd.
usp.br/apoio-pesquisador/ indicadores-pesquisa/ dimensions-analytics/ ______________________________
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O futuro dos bibliotecários: relatórios técnicos sobre a relação entre bibliotecários e estudantes na era digital
Em 2025, a Technology from Sage lançou uma série de relatórios técnicos intitulados Librarian Futures que exploram a relação entre bibliotecários e usuários na era digital.Os relatórios buscam expandir pesquisas anteriores sobre o “futuro da biblioteca”, particularmente ideias de a biblioteca se inserir “na vida do usuário” para manter a relevância e o impacto de sua missão na era digital em rede.
Seu foco está em bibliotecas acadêmicas e seus usuários, mas esperamos que as descobertas também sejam de interesse mais amplo.
Analisa as tendências atuais nas interações e na compreensão entre bibliotecários e usuários, ao mesmo tempo que apresenta algumas “provocações de inovação” para ajudar a vislumbrar o futuro.
O projeto Librarian Futures [1] também buscou explorar como essa “identidade digital” poderia ser, posicionando o bibliotecário no centro de nossa análise. É o resultado da pesquisa mais abrangente já realizada com bibliotecários e usuários sobre fluxos de trabalho de usuários – com mais de 4.000 entrevistados.
Também foram entrevistados diversos bibliotecários e partes interessadas da área de bibliotecas para aprimorar os resultados da pesquisa, além de incorporar uma série de contribuições valiosas de vários parceiros (como OpenAthens, Springshare e scite). Dados da Lean Library sobre fluxos de trabalho de usuários também são fornecidos.
À medida que a era digital continua a revolucionar a forma como aprendemos, é essencial que as bibliotecas acadêmicas acompanhem essas mudanças.
No entanto, como mostram as conclusões do nosso relatório “Librarian Futures” e do subsequente projeto de pesquisa, ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que as bibliotecas acadêmicas atendam às necessidades em constante evolução dos estudantes do século XXI.
Os relatórios do projeto de pesquisa são particularmente relevantes pois contaram com contribuições significativas dos próprios estudantes. Quem melhor para fornecer informações sobre as necessidades e expectativas em constante mudança dos estudantes do que aqueles que estão atualmente navegando pelo cenário acadêmico?
As conclusões deste projeto revelam uma série de tendências e desafios importantes que as bibliotecas acadêmicas enfrentam hoje, incluindo a necessidade de maior alfabetização digital e suporte mais personalizado para os estudantes.
Confira as principais conclusões de cada Relatório do Projeto Librarian Futures.
= Liderança bibliotecária na fronteira da Inteligência Artificial =O que as perspectivas de estudantes e bibliotecários podem nos dizer sobre o papel da IA no ensino superior e sobre a liderança dos bibliotecários nessa nova fronteira? Com base em pesquisas globais com mais de 1.000 estudantes e 300 bibliotecários, as descobertas revelam uma relação complexa entre confiança, capacidade e credibilidade no uso acadêmico da IA.
Principais conclusões
Mais da metade dos estudantes relata usar ferramentas de IA como o ChatGPT em suas pesquisas, mas apenas 8% disseram que seus bibliotecários os apoiaram no uso da IA.
Apesar disso, a confiança dos alunos nos bibliotecários permanece alta, com mais da metade afirmando que se sentiriam mais confiantes em usar ferramentas de IA se fossem recomendadas por seu bibliotecário.
Os estudantes citam a incerteza em torno da integridade acadêmica como um motivo para hesitar em usar a IA de maneiras mais profundas.
27% dos estudantes não procurariam ninguém em sua instituição para obter orientação sobre IA — mais do que aqueles que recorreriam a um bibliotecário (17%).
= Panorama das habilidades do Bibliotecário =O segundo relatório Librarian Futures levantou a seguinte questão: como as bibliotecas acadêmicas podem se envolver mais profundamente na jornada de aprendizado dos alunos de graduação?
Este novo relatório, em parceria com a Skilltype, explora as habilidades emergentes necessárias para cumprir a missão de uma biblioteca – em uma década marcada por mudanças sociais, políticas e tecnológicas – e atender às necessidades dos usuários de bibliotecas da atualidade. Reunimos perspectivas globais de mais de 2.000 profissionais de bibliotecas acadêmicas, desde bibliotecários da linha de frente até diretores de bibliotecas, para garantir um conjunto representativo de insights para o relatório.
Principais conclusões
Os bibliotecários têm muita confiança em sua capacidade de atender os usuários, mas menos da metade concorda que se sente confiante em progredir na carreira.
Muitos bibliotecários (37%) sentem-se despreparados para responder às perguntas dos usuários sobre o uso de IA generativa em seus estudos.
Menos de 20% dos bibliotecários sentem que seu esforço para aprender novas habilidades é valorizado pelos alunos.
= A lacuna de conhecimento entre Bibliotecários e Estudantes =Em 2021, o primeiro Relatório sobre os Futuros do Bibliotecário revelou áreas de desalinhamento entre o suporte e os recursos priorizados pela biblioteca e as áreas mais apreciadas pelos usuários, com base em uma pesquisa em larga escala com bibliotecários e seus usuários. Para construir um panorama mais detalhado, encomendamos um projeto de pesquisa liderado por estudantes em 2022, buscando compreender melhor as perspectivas dos alunos sobre a experiência universitária e, mais especificamente, sobre listas de recursos e leituras para a sala de aula.
Principais conclusões
Existe uma lacuna de conhecimento entre o que os alunos precisam da sua experiência de aprendizagem em sala de aula e o que lhes é oferecido pela biblioteca.
Apenas 12% dos alunos afirmaram ter participado de treinamento em alfabetização informacional, embora nunca tenha existido uma habilidade tão crucial para os alunos desenvolverem.
75% dos alunos não viam os bibliotecários como pessoas que os ajudavam a ter acesso a recursos, e a maioria dos alunos ainda vê a biblioteca como um prédio e um acervo, o que os coloca em desacordo com a percepção que os bibliotecários têm de si mesmos.
= Mapeando comportamentos e relacionamentos entre bibliotecários e usuários na era digital em rede =O que o futuro reserva para a relação entre bibliotecário e usuário? Baseado em uma pesquisa de grande escala com 4.000 bibliotecários e usuários, o relatório “Futuros da Biblioteca” examina os fluxos de trabalho e os relacionamentos entre bibliotecários e usuários.
Ele se baseia em pesquisas anteriores sobre o futuro da biblioteca, colocando o bibliotecário no centro da análise. Examinando as tendências atuais nas interações e na compreensão entre bibliotecários e usuários, o relatório propõe “provocações à inovação” para ajudar a vislumbrar o futuro.
Principais conclusões
Existe uma lacuna de conhecimento entre os usuários e a extensão total do apoio bibliotecário disponível, e entre os bibliotecários e as necessidades emergentes de seus usuários. Este relatório examina como essa lacuna de conhecimento pode estar contribuindo para a percepção da diminuição da importância do bibliotecário na experiência do usuário.
79% dos docentes e 74% dos alunos agora iniciam seu processo de descoberta fora da biblioteca, em sites como o Google Acadêmico, mas o reconhecimento e a utilização dos serviços da biblioteca permanecem altos.
Os bibliotecários são muito apreciados pelos seus usuários, significativamente mais do que os próprios bibliotecários previam. 84% dos professores que utilizam os serviços da biblioteca apreciam muito ou bastante o trabalho dos bibliotecários.
== REFERÊNCIA ==
[1] TECHNOLOGY FROM SAGE. Librarian Futures. SAGE, 2025. Relatórios disponíveis para download em: https://www.technologyfromsage.com/whitepapers/

































